Em 2022, o valor da produção anual do setor moveleiro nacional deve crescer nominalmente 3% frente a 2021, atingindo R$ 82,2 bilhões (base Abimóvel, Anuário 2022). Tal receita situa-se 15% acima do valor da produção verificada em 2020 e 18% acima de 2019.

O mercado moveleiro do país ainda sofreu em 2022 os impactos da pandemia, mas em menor proporção. Por um lado, os preços de venda dos produtos moveleiros, segundo informações do IBGE, devem terminar o ano com crescimento próximo a 2%, porém com volume de vendas com decréscimo próximo a 15%. Ou seja, o crescimento nominal da receita teve como objetivo ainda dar cobertura ao aumento dos custos de produção.

Em relação às exportações brasileiras de móveis, devem terminar o ano com pequeno decréscimo frente a 2021, na casa de 1,5% a 2% aproximadamente, mas ainda assim superando a marca de US$ 1 bilhão. Em relação à geração de empregos, projeta-se que o ano vai terminar com o setor gerando ao todo quase 260 mil empregos, com crescimento em de aproximadamente 1% frente ao ano passado.

Para 2023, estima-se um primeiro semestre de expectativa em relação às ações do novo governo e uma possibilidade de reação no segundo semestre. Por um lado, o segmento moveleiro, assim como os demais de bens duráveis, é positivamente sensível a expansão do crédito e taxas de juros mais competitivas, cenário que pode ser retardado, visto que as projeções já indicam a possibilidade de volta do crescimento inflacionário e manutenção por um período mais longo das altas taxas de juros.

Por outro lado, o setor externo pode voltar a ter elevação das compras, compensando o mercado interno. Além disso, a redução do desemprego coloca maior proporção da população no mercado consumidor, o que a médio prazo é positivo. Em termos nominais, a evolução do segmento moveleiro pode atingir crescimento de 2% a 3% no faturamento.

Fontes:

Publicado em: 24/12/2022

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