Em meio aos pleitos do setor, Henrique Tecchio quebrou o protocolo e criticou “fábrica de desculpas” do governo para obras da RSC-431
 
Considerada a principal feira de móveis e complementos da América Latina, com quase 300 expositores e uma trajetória de 19 edições, a Movelsul Brasil atrai para Bento Gonçalves milhares de lojistas brasileiros e importadores de todo o mundo. Ainda assim, desde 2010, o evento não recebe a visita de um governador do Estado. Na solenidade de abertura da feira, realizada nesta segunda, esta foi a tônica do discurso do presidente Henrique Tecchio, que quebrou o protocolo e interrompeu seu discurso para criticar o descaso político com o setor moveleiro.
A indústria moveleira cobra do Estado investimentos em infraestrutura. Segundo Henrique Tecchio, os recursos que as empresas poderiam usar para investimento estão sendo utilizados para cobrir os prejuízos de uma infraestrutura deficitária para o escoamento da produção. De improviso, Tecchio citou que a Serra Gaúcha é destaque no Brasil e no mundo, mas que parece estar fora do mapa rodoviário do Estado.  “Que fábrica de desculpas é essa que deixa uma rodovia como a RSC-431, de suma importância para a região, interditada desde novembro e com cinco cronogramas de início de obras sem nenhuma atitude efetiva? Peço desculpas aos que vieram de fora e, para chegar à Movelsul, colocaram em risco suas vidas. E mais que isso: peço desculpas, pois a pessoa que deveria estar aqui dando essas respostas não está presente”.
A Movelsul Brasil é voltada ao mercado da nova classe média brasileira e reúne indústrias de móveis e complementos de 11 estados. A feira segue até sexta-feira, dia 28, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, com uma expectativa de receber 38 mil visitantes profissionais.
 
Reivindicações do setor moveleiro para o Governo do Estado
- Início imediato das obras rodoviárias da Serra Gaúcha, com a manutenção e duplicação da RSC 470, RSC 453 e RS 122;
- Manutenção do veto à cobrança do ICMS nas fronteiras do Rio Grande do Sul para produtos fabricados fora do Estado.
 - Busca de uma solução e alinhamento com o Governo Federal quanto aos embargos e barreiras impostas pelo governo da Argentina aos móveis gaúchos e brasileiros.
 - Atração de plantas industriais para o fornecimento de insumos para as empresas moveleiras, diminuindo o custo de logística e aumentando a competitividade dos nossos produtos; 
- Retorno imediato do programa Reintegra, para que os exportadores possam competir de forma igualitária com outros mercados;
 - Política ambiental para o setor moveleiro condizente com a realidade gaúcha, não punitiva nem cerceadora do desenvolvimento industrial e ao mesmo tempo avançada, a exemplo do que possuem os Estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Rondônia.

Fontes:

Publicado em: 2014-03-24

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