O eSocial, projeto do Governo Federal para unificar informações do empregador, promete transformar as relações trabalhistas no Brasil. No entanto, a sua implantação exigirá mais do que atenção redobrada por parte dos empregadores. Disciplina e planejamento serão essenciais para que as empresas possam prestar corretamente as informações ao governo. A partir de uma abordagem executiva, André Bocchi da Silva e Márcio Nolasco apresentaram as novas diretrizes do projeto durante a palestra eSocial: mudanças e impactos nas rotinas das empresas, realizada pela Movergs e Sindmóveis. A ação, que ocorreu na quinta-feira, 05 de novembro, reuniu profissionais que puderam tirar suas dúvidas e conferir prazos sobre o projeto.
A obrigatoriedade visa simplificar processos para redução de custos e informalidade. Com o eSocial será possível aprimorar a qualidade das informações, aumentar a arrecadação, diminuindo fraudes, inadimplência e erros. Em 2012, por exemplo, o país contabilizou mais de R$ 12 milhões em prejuízos. “Essa é uma mudança de cultura e isso não se faz do dia para a noite. Essa filosofia precisa ser incorporada nas empresas”, comenta André Bocchi da Silva, sócio da CCA Bernardon Consultoria Contábil e Tibutária.
A partir de sua integral implantação, o eSocial será a ligação oficial entre o governo e as empresas. Mas até lá, as instituições deverão enfrentar inúmeros desafios. O principal, segundo Silva, será a padronização, revisão e unificação dos cadastros dos trabalhadores. Além disso, as empresas deverão concentrar todas as informações de forma organizada para evitar atrasos ou multas. “A dor de cabeça será minimizada se os colaboradores estiverem engajados em um projeto chamado eSocial. É necessário que cada um faça a sua parte para que todos saiam ganhando”, comenta Silva.
De acordo com Márcio Nolasco, Executivo de Contas – Base Instalada da Senior Sistemas S.A., é preciso muita atenção aos prazos e detalhes do eSocial. Empresas que faturaram acima de R$ 78 milhões até dezembro de 2014 devem iniciar o projeto em setembro de 2016. Para aqueles com contribuições menores, o prazo é janeiro de 2017. “O eSocial é um processo amplo, por isso as empresas precisam aproveitar todas as etapas até sua implantação oficial. Quem não estiver preparado para a fase de testes que inicia em junho de 2016 precisa correr”, destaca.
A comunicação entre todos os setores da empresa, segundo Nolasco, é fundamental para evitar erros: uma vez que as informações serão transmitidas “online”, por leiautes e tabelas específicas, a validação dos documentos será mais rigorosa. “A estrutura do eSocial será a mesma para todas as empresas, independentemente do tamanho. Será um olhar jurídico sobre a administração das empresas. O fundamental é uma comunicação afinada entre as equipes de RH e TI das empresas”, afirma Márcio Nolasco.
O conteúdo da palestra eSocial: mudanças e impactos nas rotinas das empresas – uma abordagem executiva, com prazos, orientações e todas as diretrizes do programa, pode ser acessado no site da Movergs em www.movergs.com.br.
Sobre o eSocial
Todas as obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais sobre qualquer forma de trabalho contratada no Brasil farão parte do eSocial, que eliminará uma série de informativos enviados atualmente pelas empresas a vários entes do governo, como a GFIP, CAGED e a DIRF. O projeto abrangerá, além da escrituração da folha de pagamento, eventos como a contratação de funcionários, alterações posteriores de cargos, horários, rescisões de contrato, ações trabalhistas e dissídios, entre outros, que serão enviados ao governo para um único repositório digital. Quando for implantado em sua totalidade, o eSocial será estendido a pessoas físicas e jurídicas, tanto da iniciativa privada quanto da iniciativa pública.
Com informações de Exata Comunicação.
Fontes:
Publicado em: 2015-11-09